sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quadrinhos Nelson Nerd.



Nelson Nerd promete ter um brilhante futuro.
Mas, no presente, é apenas um colegial merd que sofre de impopularidade crônica.
No começo, a minha idéia era que ele fizesse apenas piadas geeks.



Mas ninguém entendia, muito menos ria. Então a idéia foi de pronto descartada.
Aí, um dia eu ouvi que "o conteúdo de uma tirinha deve ser sempre crítico."
E, oras, eu faço facul de artes. Por que, então, não criticar as artes?!



Mas achei meio bobo explorar outras variantes disso.
Além do mais, vai que a idéia pega e os críticos de arte resolvem se enveredar para o ramo dos quadrinhos... aí, fudiria.

Assim é o Nelson Nerd de agora.
E que se dane a crítica social...



...e que se dane a letra legível...

Obrigada por lerem o Is a Mess!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sobre o que as mulheres gostam.(Ou não)




Mulheres geralmente gostam de homens e, geralmente, vice-versa (ou não).

Mas a lógica que rege os mecanismos de reprodução são tão complexos quanto absurdos.

Absurdos como algumas matérias veiculadas pela Rede Globo de Televisão, com a benévola intenção de alertar a macharada sobre “o que as mulheres gostam”.
Tais matérias divulgam dados de pesquisas bizarras e com a profundidade de uma bacia , que não têm sequer suas fontes devidamente esclarecidas. (ou seja; a matéria sempre vai começar com “cientistas americanos comprovam que...”, sem ao menos mencionar a instituição que empreendeu tal pesquisa.)

Por exemplo, no Fantástico foi anunciado que a chance de conseguir telefones femininos na rua era maior se o mancebo estivesse munido de uma camisa vermelha (vermelho = virilidade), um cachorro (pit bull < terrier) e uma música da Celine Dion (música romântica = hipnose).
E, desde então, a fórmula “cão + vermelho+ Celine= mulher(es)” tem feito o número de dog-walkers de camisa vermelha (ou não) crescer exorbitantemente.

Quem escreveu a matéria deve estar se mijando de rir até agora. (eu estaria, se fosse ele.)

No Jornal da Globo desta sexta-feira, os “cientistas” mais uma vez “comprovam” que mulher gosta de homem que solta a franga na balada (mostrando como exemplo uma dança bem viada de um cara usando colan no clima dos anos 80. Abominável!) A descrição da “dança do acasalamento infalível” muito me remeteu a um ataque de epilepsia ou ao samba do crioulo doido. (O seja; na melhor das hipóteses, elas vão pensar que você é gay. Na pior, que você está drogado. Ou as duas coisas.)
Já pensou se a moda pega?! (Medo.)

Bem... como a Globo sempre estará lá para te ensinar como fisgar o mulherio, uma hora você já não vai mais conseguir atender à demanda, sendo obrigado a dispensar algumas belezocas.
Como adoro ajudar as pessoas, aqui vai um toptop 5 PASSOS PARA REPELÊNCIA FEMININA, pra você nunca mais ter que aturar essas rachas insossas.

1) Use pochete._De preferência, vermelha.

2) Use fones de ouvido_Especialmente, quando ela estiver falando.

3) Ronque_e, quando acordar, estará livre dela para sempre.

4) Seja grosso_É algo terrível! (Mas tem gente que gosta.)

5) Seja desinteressante_ demonstre alienação, infantilidade e/ou burrice. É tiro e queda!

Obrigada por lerem o Is a Meeess!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sobre o besteirol televisivo e a geração noventa.




Muito se reclama da péssima influência da telinha para a educação dos pirralhos de hoje em dia.

Como criança da década de noventa, tenho autoridade para afirmar que, no meu tempo, as coisas já foram piores. E é isso o que tentarei lhes provar hoje.

Hoje falam em poupar as crianças de cenas de violência na tevê. (Exceto quando uma bofetada é dada de supetão na novela das oito.)

No meu tempo, era o império das lutas livres!
Eu, garotinha de oito anos, ficava no começo da noite ao lado do meu pai, devorando um saco de pipocas enquanto assistia um lutador socar o fígado do outro até o outro pedir penico. (adicione-se a isso os olhos inchados, narizes quebrados, maxilares a la Popeye...) Era diversão garantida!

A desavergonhança é outro item do qual as crianças devem ser poupadas, a fim de que se preserve sua castidade. Assim, é recomendável, ao invés do nosso ruim e velho É o Tchan, que se ouça Adriana Calcanhoto como uma versão morena (e Cult) da Xuxa arremedando músicas do Claudinho e Buchecha.

No meu tempo, ouviam-se Claudinho e Buchecha e Xuxa originais -- o que não é necessariamente uma coisa boa.
Retomando o tema da desavergonhança; na década de noventa, a tevê era povoadas de assentos em close up tremelicando freneticamente --para o desespero da vovozinha horrorizada que via as netas tentarem, com afinco, imitar a dita bunda com mal de Parkinson (ainda bem que a “surra de bunda”não foi inventada naquela época).

Dançávamos um axé bem menos ortodoxo que o Rebolation.
Víamos pancadaria nos programas de auditório.
Brincávamos de tiroteio e de luta livre.
Cantávamos Mamonas Assassinas --sem saber o que “raios” é uma “suruba” (não raro, sendo severamente repreendidos ao cantar “sabão crá-crá.”)
Falávamos frases repetidas em tom idiotizado, tentando imitar os insuportáveis Teletubbies.
Éramos umas pestes!

Hoje em dia, a tevê é chata.Tanto que nem sei mais o que se passa nela.
Só queria dizer que, mesmo tendo recebido essa carga de informação... digamos... pouco culturada, nós, geração noventa, somos a prova de que a televisão não exerce má influência na formação do caráter das crianças porcaríssima nenhuma.
Afinal, somos uma geração que se preocupa com o país e com o futuro.
Somos inteligentes, pacifistas, engajados, questionadores, conscientes...

Não?!...